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TETELESTAI!

"Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo". - Colossenses 2.14-17

RISCOU A CÉDULA QUE ERA CONTRA NÓS (de dívida) – No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram registrados em um papiro conhecido como "cédula de dívida" ou "escrito de dívida". Ao cumprir a pena e chegando a ocasião de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado, riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes estavam apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! Consumado! O indivíduo não devia mais nada à justiça. Estava livre da condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade. Foi exatamente isso que Jesus Cristo fez por nós! Na sua morte de cruz riscou nosso escrito de dívida e nos salvou da condenação eterna.

Alguns versículos nos falam desta liberdade. Leia:

“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Romanos 8:1-4 NVI

“Tal é a confiança que temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica. O ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés, por causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente. Não será o ministério do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era glorioso o ministério que trouxe condenação, quanto mais glorioso será o ministério que produz justificação! Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem glória, em comparação com a glória insuperável. E, se o que estava se desvanecendo se manifestou com glória, quanto maior será a glória do que permanece!” 2 Coríntios 3.4-11

“Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade. Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto, pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito.” Efésios 2:14-18 NVI

“Antes, quando vocês não conheciam a Deus, eram escravos daqueles que, por natureza, não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por ele conhecidos, como é que estão voltando àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez? Vocês estão observando dias especiais, meses, ocasiões específicas e anos! Temo que os meus esforços por vocês tenham sido inúteis.” Gálatas 4:8-11

Consumado! Totalmente pago! Esta é a nossa condição hoje! Glória a Deus!
Feliz Páscoa!

Pastor Silvio, Evelin e Levi

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”

Este versículo do Salmo 127 geralmente é lido e aplicado em ministrações sobre família. Mas quero pensar aqui e aplicar esse versículo à igreja, como ‘casa’edificada para glória do Senhor! Claro que o salmista aqui não está falando de uma obra arquitetônica, mas sim de um lugar de relacionamentos entre pessoas. Diante deste pensamento, precisamos destacar alguns pontos.

Primeiro, executar o projeto chamado igreja sem o Arquiteto é trabalho em vão. Nós homens somos tentados a edificar a igreja de acordo com nossos interesses, nossos achismos, adequar ao modelo que achamos mais interessante, mas quando concluída esta edificação, esta igreja não serve para o qual foi projetada. É trabalho em vão e não alcança o objetivo.

Segundo, a igreja edificada pelo Senhor é lugar de cura e transformação. Este é o propósito da igreja de Cristo, promover relacionamentos significativos e cuidado mútuo. A comunhão é uma das marcas de uma igreja saudável. Toda vez que há divisão, desentendimento, rixas, ressentimento entre irmãos, a igreja se torna em escombros e revela que não está edificada no Senhor.

Terceiro, Deus tem colocado em nossas mãos ferramentas para auxiliá-lo na manutenção e edificação de Sua igreja. Dentre elas, anunciar e praticar a Sua Palavra e o Espírito Santo, nosso Guia e Consolador, revelando às nossas almas a vontade soberana do Senhor para a igreja. Se houver comunhão, não faltará direção do Espírito.

A igreja é o corpo de Cristo na terra. Ela só existe por Ele e para Ele. Não podemos edificá-la para outros “reinos” que passam e acabam em escombros, mas para que vidas alcancem o Reino dos Céus.


Pr. Silvio Cezar Leite


"A mulher deficiente"

O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Mas, dia de quais mulheres estamos falando? Das, que seguem um determinado padrão de beleza e comportamentos predeterminados pela sociedade? Das bem afortunadas? Das ditas “normais? O que teriam para comemorar as que não fazem parte das esferas aqui mencionadas? Em especial as mulheres com deficiência de nossas comunidades e de nossa sociedade? Que embora tenham alcançado significativos avanços ainda permanecem vítimas de exclusão e discriminação.

Sim, para as que estão a margem talvez não haja muito para festejar. Existem no mundo cerca de 300 milhões de mulheres com deficiência, e 80% delas vivem em países pobres. Elas são marginalizadas e invisíveis para as pessoas que criam as políticas públicas. Seus direitos humanos são massivamente violados, independentemente de sua idade, origem étnica, orientação sexual, religião e outras condições. Somam-se a isto: Um terço de todas as mulheres com deficiência são analfabetas ou têm menos de três anos de educação formal. Quando conseguem trabalho, seu salário é menor do que todas as demais classes de trabalhadores.

No Livro “teologia e deficiências” de diversos autores, Iára Muller ao discorrer sobre a temática da teologia e gênero chama nossa atenção para uma gravíssima violência que afeta mulheres e crianças deficientes. “Existem muitas mulheres e meninas com deficiência (especialmente com deficiência mental) sendo abusadas em hospitais por alguém da equipe de atendimento (especialmente enfermeiros). O mesmo acontece em lares e instituições e em suas próprias casas. Uma das razões que torna as mulheres e meninas com deficiência mais vulneráveis ao abuso é o fato de que há uma grande falta de informação e inadequada educação sexual. Casos de abuso contra mulheres e meninas com deficiência são raramente relatados à polícia, porque não se acredita no que elas contam”.

É fato bastante recorrente o não acreditar no que as pessoas com deficiência falam porque os/as ditas “normais” acham que podem decidir, sentir, e escolher por elas. Neste sentido quando se apresenta o caos e as muitas injustiça, também se conclama a igreja de Cristo a combate-las, pois nossa fé precisa ser missionária e cidadã mediante a uma prática que promova a vida em sua totalidade.

Nesta direção temos muito por fazer, denunciando todo tipo de exclusão, segregação e escancarando as portas de nossas comunidades nas mais diferentes esferas para que as mulheres com deficiência possam escrever uma nova página em suas vidas. Devemos viver a alteridade onde o outro me faz existir, entendendo como bem disse Frei Beto: “Quem, na cultura ocidental, melhor enfatizou a radical dignidade de cada ser humano, inclusive a sacralidade, foi Jesus. O sujeito pode ser paralítico, cego, imbecil, inútil, pecador, mas ele é templo vivo de Deus, é imagem e semelhança de Deus”.

Feliz dia de todas as mulheres.

 Reverendo Enoque Rodrigo de Oliveira Leite e Gabriela Leite

Coordenador de Inclusão da Igreja Metodista 3RE


"Motivações erradas"

Você conhece a palavra barganhar? É o mesmo que trocar ou negociar. Você já fez um sacrifício diante de Deus por querer algo em troca? Muitas vezes buscamos a Deus, estamos desejosos de conhecer seus caminhos, mas Deus não responde.
 
Qual a razão? O que nós oferecemos a Deus tem uma motivação toda errada! Algo que todos nós deveríamos fazer, desde o início de nossa caminhada com Cristo, é verificar as motivações de nossas ações ou atitudes. Muitas vezes, escondido atrás de uma consagração a Deus, está o desejo de sermos vistos e de recebermos aplauso dos homens. Constantemente, buscamos ao Senhor não pelo o que ele é e sim por aquilo que ele pode dar. 

A maior crítica que Jesus fez aos religiosos de sua época foi a sua hipocrisia. A palavra hipocrisia, "hupokrites" no grego, significa fingimento, falsidade e era o nome que se dava às pessoas que trabalhavam no teatro e geralmente usavam máscaras. Jesus, no sermão da montanha, falou que os religiosos oravam e jejuavam com o intuito de serem vistos pelos homens, Mateus 6.4-18. 

Certa vez, Davi decidiu levantar o censo em Israel, 1 Cr 21.1-7, para contar os seus exércitos. A atitude de Davi desagradou a Deus e Israel foi ferido por causa disto. O que Davi fez de errado? Foi algo tão simples; apenas contar pessoas. O problema foi a motivação. Davi fez isto por soberba, porque queria exaltação pelas suas conquistas. Ele se esqueceu de que foi Deus que lhe deu as vitórias.?

Qual tem sido a sua motivação ao buscar ou servir ao Senhor? Qual sua motivação em estar na igreja? Qual sua real motivação ao orar, jejuar e se consagrar? Medite nisso. 

Pr. Silvio Leite

"Pontes ou cercas?"

    Olá Graça e Paz!

 

Esta mensagem inaugura nosso novo modelo de boletim da igreja. Queremos que sua leitura se torne mais agradável e além de ficar bem informado, você use o boletim como instrumento de evangelização. Nessa primeira edição compartilho uma mensagem que acho espetacular. "Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal-entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão. Estou procurando trabalho- disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.

 

Sim! - Disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo. 

Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito. 

 

Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei. 

 

No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte. O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: "espere! fique conosco mais alguns dias". E o carpinteiro respondeu: "eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir."  Lendo essa ilustração, cabe-nos perguntar: e nós, temos construído cercas ou pontes em nossos relacionamentos?

 

Pense nisso!

 

Um abraço,

Pr. Silvio Leite