O que prende as mãos do amor?

31/03/2017

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Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus (Colossenses 1.3-5)

O problema com a igreja atual não é que haja muitas pessoas ardentemente apaixonadas pelo céu. O problema não é que os cristãos professos estão se retirando do mundo, passando metade dos seus dias lendo as Escrituras e a outra metade cantando sobre seus deleites em Deus, enquanto são indiferentes às necessidades do mundo. O problema é que os cristãos professos estão gastando dez minutos lendo as Escrituras e depois metade do seu dia ganhando dinheiro e a outra metade desfrutando e arrumando aquilo que compraram. É a mentalidade mundana que impede o amor, mesmo quando é disfarçada por uma rotina religiosa no final de semana.

Onde está a pessoa cujo coração é tão fervorosamente apaixonado pela prometida glória celeste que se sente como um exilado e peregrino na terra? Onde está a pessoa que já provou a beleza da era futura, de modo que os diamantes do mundo se parecem com bolinhas de gude, e para quem o entretenimento do mundo é vão, e as causas morais do mundo são muito pequenas porque não têm nenhuma visão para a eternidade? Onde está essa pessoa?

Ele não está preso à Internet ou a comer, dormir, beber, festejar, pescar,  comprar ou em ociosidade. Ele é um homem livre em uma terra estrangeira. E sua única pergunta é essa: como posso maximizar o meu deleite em Deus por toda a eternidade enquanto eu sou um exilado nesta terra? E sua resposta é sempre a mesma: realizando obras de amor.

Apenas uma coisa satisfaz o coração cujo tesouro está no céu: fazer as obras do céu. E o céu é um mundo de amor!

Não são as cordas do céu que amarram as mãos do amor. É o amor ao dinheiro, ao lazer, ao conforto e ao louvor — essas são as cordas que prendem as mãos do amor. E o poder de cortar essas cordas é a esperança cristã.

Digo-o novamente com toda a convicção que há mim: não é a mente celestial que impede o amor nessa terra. É a mente mundana. E, portanto, a grande fonte do amor é a poderosa e libertadora confiança da esperança cristã.

Por John Piper

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